Firewall Humano: o que é e como proteger a sua empresa

cibersegurança

O Firewall Humano é um recurso de defesa feito pelo usuário final bem treinado que ao observar e analisar sites e emails consegue ter a percepção de que não é seguro, atuando como camada extra de segurança.

Apesar de existirem diversos mecanismos que protegem os usuários da internet de sofrerem ataques cibernéticos, o firewall humano, mesmo sendo a última linha de defesa, é de suma importância e garante uma camada extra de segurança.

Por isso, é extremamente importante que haja treinamentos específicos para os funcionários, de forma que eles estejam permanentemente vigilantes a ataques.

Aderindo a essa camada de proteção humana, você garante que as violações sejam barradas no último minuto, perante a possíveis falhas, falta de configuração ou atualização dos sistemas de seguranças.

Leia também: A agilidade e os modelos de negócio no mundo pós covid.

Mas como ocorre um ataque cibernético e quais são as formas de prevenção?

O fato é que existem diversas formas de um sistema ser burlado, principalmente quando ocorrem erros no software e defeitos no sistema. Esses eventos deixam os sistemas à mercê de ataques, que só podem ser barrados com a ação da própria equipe.

Mas, além disso, existem outras técnicas de ataques cibernéticos, como a de engenharia social, que ocorre quando hackers têm como alvo o usuário final, que utiliza sites ou e-mails para atrair usuários despreparados.

Se você quer entender mais sobre as formas de ataques ao firewall humano e como se prevenir, continue a leitura!

Neste artigo, você vai entender:

  • Por que um firewall humano?
  • Como funciona um firewall humano?
  • Por que a camada humana é tão importante?
  • Como mitigar riscos de ameaças internas?
  • Passos para um treinamento de firewall humano eficaz

Boa Leitura!

Por que um Firewall Humano?

Se você tem dúvidas sobre o que é firewall humano, saiba que ele é exatamente o que o nome sugere: uma camada de proteção extra realizada de forma humana pelo usuário final que foi treinado para identificar possíveis ameaças cibernéticas.

O firewall atua como um dispositivo de segurança de rede que monitora as ações, tráfego de entrada e saída e decide permitir ou bloquear tráfegos específicos de acordo com um conjunto de regras de segurança.

Por outro lado, o firewall humano atua de forma similar, mas é o próprio usuário ou funcionário de uma empresa que avalia a ameaça e decide autorizar ou negar o acesso, clicar ou não clicar em algum link, permitir ou não a navegação em uma página, entre outros.

Assim, os firewalls agem com a linha de frente da defesa na segurança de rede, colocando uma barreira de acesso às redes internas ou externas, que podem ser confiáveis ou não, como a internet.

Leia também: Segurança Cibernética: o que é e como ser um especialista no assunto.

Como funciona um firewall humano?

Afinal, como fazer com que as pessoas atuem como um firewall?

Com a alta dos ataques cibernéticos, é necessário que os funcionários consigam identificar falhas na segurança, de forma a garantir que as empresas tenham um sistema confiável, estável e íntegro.

Hoje educar e conscientizar os funcionários sobre como os ataques cibernéticos acontecem e como evitá-los , é um meio muito eficaz na prevenção aos ataques, mobilizando seus funcionários junto com o setor de TI e dividindo com eles a preocupação da segurança cibernética é a prática mais eficaz de combater os ataques.

Afinal, todos os funcionários com acesso a e-mail ou sites na internet podem estar vulneráveis a um ataque, se não tiverem consciência sobre os riscos envolvidos em seus atos.

Leia também: Vulnerabilidade digital: como reconhecer e se proteger de ataques.

É muito importante que todos os funcionários que possuem acesso a dados e sistemas da empresa, em todos os níveis, estejam aptos a avaliar situações de risco, contribuindo para o cumprimento das regras de compliance e gestão de riscos.

Estudos recentes comprovam que a maior violação de segurança ocorre quando os funcionários clicam em links de e-mails ou anexos de origens duvidosas.  

Normalmente esses links implantam malware ou coletam informações confidenciais da empresa em ataques de phishing.

Com os usuários e funcionários treinados, a prevenção desses ataques ocorre de maneira muito mais fácil e eficiente, pois os próprios usuários estão preparados para identificar problemas e ameaças em links, anexos ou e-mails suspeitos.

Por que a camada de proteção humana é tão importante?

Agora que já sabe o que significa firewall humano, saiba que, hoje, o principal meio de ataque dos hackers é o e-mail.  

De acordo com pesquisas recentes, aproximadamente dois terços dos e-mails enviados no mundo são do tipo spam, ou seja, mensagens não solicitadas e que podem ser utilizadas com o objetivo de extrair informações sensíveis dos usuários e aplicar golpes.

O e-mail mostra-se, assim, como um recorrente método utilizado em golpes via internet devido a facilidade em atrair usuários, utilizando-se de artifícios enganosos como gatilhos mentais, falsas promoções e prêmios de sorteio.  

Dessa forma, os usuários de redes internas e externas devem estar preparados para enfrentar ameaças recorrentes, evitando comprometer dados sensíveis e sigilosos.

Um funcionário de uma empresa, por exemplo, deve ser capaz de identificar a existência de sinais que indiquem armadilhas em e-mails e sites duvidosos, contribuindo, assim, com a proteção do sistema de segurança da empresa como um todo.

Leia também: Como escolher um antivírus seguro e completo para sua empresa.

E sabe por que enganar um humano ao invés de uma máquina é mais fácil?

Porque as pessoas são o elo mais facilmente influenciável em um sistema de segurança, pois são movidas por sentimentos e emoções. 

Esta natureza humana proporciona um canal de entrada para ataques que utilizam a técnica de engenharia social, a qual tem como foco a falha e falta de preparo humano sobre ambientes cibernéticos para aplicar golpes e permitir invasões.

Engenharia Social

A engenharia social é uma forma de ataque cibernético que objetiva enganar e induzir usuários a erros, criando armadilhas para persuadi-los a tomar ações pré-determinadas e que comprometam a segurança das informações pessoais ou corporativas

É um tipo de engenharia que atua diretamente com estratégias de ataque à consciência e inteligência humana, explorando suas falhas para cometer crimes.

Como mitigar riscos de ameaças internas?

A ameaça interna, no ambiente corporativo, está diretamente ligada aos funcionários da empresa, podendo representar um risco significativo à segurança das redes compartilhadas.  

Isso porque é muito fácil que ocorram falhas e acidentes de navegação em ambientes cibernéticos, bem como não se pode negar a existência de funcionários mal intencionados que causem este tipo de problema.

Porém, de acordo com dados de pesquisas recentes, 38% dos ataques são causados pelos ataques de phishing, 21% são causados pelo spear phishing, 16% pelas senhas ruins e 7% pela navegação em sites suspeitos.

Isso mesmo, a porta de entrada dos criminosos pode ser diversa, desde um simples link, baixar um arquivo suspeito ou descobrir o uso de senhas padronizadas.

Por isso, é importante mitigar as ameaças internas, não aceitar comportamentos imprudentes e negligentes, violação de dados, entre outros.  

Principalmente em situação de pandemia, momento em que cresce o número de usuários trabalhando em redes externas e também eleva-se o número de tentativas de golpes pela internet.

Leia também: Segurança no home office: trabalhe de casa sem riscos.

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Passos para um treinamento de firewall humano eficaz

O treinamento da conscientização de segurança é a melhor forma de criar um firewall humano?

Não importa o quão bons sejam seus passos de prevenção, as violações do sistema são inevitáveis. Por isso, é fundamental que exista uma educação dos usuários, de forma a reduzir o perigo.

O treinamento de controle de incidentes é muito eficiente para melhorar a segurança da sua empresa ou organização, e deve prever diversas etapas como:

  • Treinamento dos usuários sobre as noções básicas de segurança cibernética;
  • Treinamento dos usuários sobre como identificar e lidar com ataques de phishing;
  • Implementação de um sistema de relatórios para e-mails suspeitos de phishing;
  • Atualizações frequentes para manter os conhecimentos sempre em evidência;
  • Testagens, para identificação de possíveis falhas no treinamento ou na consciência dos seus usuários.

Os melhores programas de treinamento focam em garantir a educação do usuário e reduzir o número de cliques em e-mails de phishing.

A boa educação pode reduzir significativamente os ataques, mas não evitará 100% deles. A ocorrência de falhas é comum em todos os tipos de sistemas, pois sempre haverá usuários negligentes e apressados.

Além de um treinamento apropriado, voltado a garantir a segurança do sistema, é muito importante definir uma política de governança que contemple regras e normas bem definidas sobre o uso de ambientes virtuais. 

Revise sua política regularmente e compartilhe com seus funcionários para que possam seguir as melhores práticas. Confira uma série de exemplo de comportamento de firewall humano a seguir:

  • Não abrir anexos ou clicar em links de fontes desconhecidas;
  • Não usar unidades USB em computadores de escritório;
  • Política de gerenciamento de senhas (sem reutilização de senhas, sem post-its em telas como lembrete de senhas);
  • Política sobre o acesso ao Wifi;
  • entre outras.

É muito importante, também, desenvolver procedimentos padrões no departamento de TI, como:

  • Bloqueio de sites conhecido por espalhar ransomware;
  • Patches de software e arquivos de assinatura de vírus atualizados;
  • Varreduras de vulnerabilidade e autoavaliação do sistema;
  • Testes regulares de penetração no Wifi e outras redes;
  • Proteção contra falsificação de domínio;
  • Regras do sistema de detecção de invasões que sinalizem e-mails com extensões semelhantes aos e-mails da empresa.

Portanto, o firewall humano é uma parte essencial na defesa contra ataques cibernéticos e invasores de qualquer tipo.

Quando as forças trabalham unidas, podem identificar ameaças e evitar violações de dados ou mitigar danos permanentes. Unir a tecnologia com o firewall humano é a melhor solução.

Conclusão

A capacidade de um ataque virtual é muito maior do que imaginamos e engloba diversas variáveis, como se fosse a montagem de um quebra-cabeças.

Qualquer ação, clique errado ou entrada em uma página não segura, pode abrir portas para que os criminosos acessem seu sistema e suas informações, causando problemas devastadores.

É sempre importante lembrar que o ser humano pode ser tanto ou até mais inteligente que uma máquina, pois possui diversas percepções e análises críticas do meio. Sendo assim, é mais difícil passar por uma pessoa preparada para enfrentar este tipo de ameaça.

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Além de entender o firewall humano significado e fortalecê-lo internamente, é sempre bom trabalhar com um sistema de TI eficiente.  

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