Internet das Coisas, ou Internet of Things (IoT), é a conexão de objetos comuns com a internet, ampliando suas funcionalidades e trazendo para o dia a dia do ser humano inúmeras possibilidades.
Hoje, com a transformação digital, temos acesso a um volume de informações gigantesco. Com isso, novas funções são inseridas na rotina das pessoas, alterando completamente o comportamento ou a forma de executar determinadas atividades.
Quer um exemplo?
Anos atrás, as pessoas se comunicavam por carta. Então veio o telefone fixo, depois o telefone celular e o e-mail. E, claro, muitas outras evoluções depois disso, como SMS, chats e videoconferências.
Com o conceito de IoT, em breve as pessoas poderão se comunicar através de um óculos de realidade virtual, por exemplo, inclusive “visitando” a pessoa com quem está conversando, como se estivessem frente a frente. Tudo virtualmente.
A internet das coisas é uma inovação tecnológica que vem crescendo de forma exponencial e já faz parte da vida das pessoas, em muitos aspectos.
O princípio básico da internet das coisas é entregar ao usuário funcionalidades que a internet oferece, sem precisar de um computador ou celular para isso (com certeza você já viu alguém usando um relógio smartwatch para consultar a agenda do dia, certo?).
Ficou confuso? Não se preocupe! Vamos explicar tudo sobre o que é IoT e como esse conceito está, aos poucos, se tornando parte do seu dia a dia. Neste artigo, você vai aprender:
- O que é Internet das Coisas (IoT)?
- Como surgiu a Internet das Coisas?
- Qual o objetivo da Internet das Coisas (IoT)?
- Como funciona a IoT?
- Exemplos de Internet das Coisas
- Como se preparar para a transformação digital
Boa leitura!
O que é Internet das Coisas (IoT)?
Internet das Coisas, também conhecido como IoT ou Internet of Things, é um conceito que descreve a conexão entre objetos comuns com a internet.
Ou seja: não são somente os computadores que são capazes de se conectar ao mundo virtual. Você já deve saber disso há uns anos, desde o seu primeiro smartphone.
A verdade é que a evolução da internet das coisas tem permitido conectar diversos objetos comuns do dia a dia das pessoas à internet. Essa evolução está aumentando as funcionalidades desses objetos, tornando-os cada vez mais necessários.
Assistentes virtuais, carros e prédios inteligentes são alguns exemplos. A rapidez com que essas novas criações surgem é tamanha, que sequer é possível prever quais os próximos lançamentos.
É bastante possível que nos próximos 5 ou 10 anos, existirão profissões e objetos com funções que ainda não conhecemos ou imaginamos.
Dessa forma, a internet das coisas é uma realidade para muitas pessoas, em menor ou maior escala. Além disso, oferece uma oportunidade incrível para empresas pensarem fora da caixa. Para as organizações, nunca foi tão necessário cultivar uma cultura de inovação quanto agora, abrindo caminhos para a criatividade inventiva.
Quer conhecer mais sobre esse conceito? Confira:
Conceito
Apesar de ser comum relacionar o termo IoT com equipamentos óbvios (como smart TVs ou smartphones), o conceito de Internet das Coisas envolve wearables menos prováveis.
Um wearable é um “dispositivo vestível”, ou seja, objetos comuns de uso pessoal, que apresentam tecnologia embarcada, como relógios, tênis, roupas ou óculos.
O conceito de IoT também é aplicado às residências ou veículos, além de máquinas como geladeiras, liquidificadores ou mesmo robôs de uso residencial, comercial ou industrial.
Assim, o principal objetivo e funcionalidade da internet das coisas é conectar objetos rotineiros à internet. Isso dá a eles uma funcionalidade mais ampla, com mais inteligência e maior capacidade de integração às outras fontes de informação.
A ideia básica é unir o mundo físico com o digital, fazendo com que equipamentos se comuniquem entre si, transformando a vida das pessoas em vários sentidos.
Internet das Coisas e Inteligência Artificial
Outro conceito sendo bastante abordado é a inteligência artificial (AI). Apesar de se correlacionarem, AI e IoT não são a mesma coisa.
Objetos com tecnologia embarcada para a conexão internet podem, também, trazer funcionalidades de inteligência artificial para otimizarem suas atividades e facilitarem a rotina das pessoas.
É o caso dos assistentes virtuais, como a Alexa, secretária oferecida pela Amazon. A caixa de som reconhece a voz, entende a solicitação e oferece exatamente o que foi pedido (ok, Ã s vezes nem tão exatamente assim).
Como surgiu a Internet das Coisas?
Você pode ficar impressionado, mas apesar do termo IoT ser mais frequentemente utilizado nos dias de hoje, o conceito surgiu ainda nos anos 90. Desde então, houve muita evolução tecnológica (lembre-se de todas as versões e modelos de aparelhos celular que você teve nesse período).
Em 1991, quando a internet começou a se popularizar, principalmente nos EUA, já começaram as discussões sobre conectar objetos à rede. Porém, foi quase no final da década que o conceito de IoT surgiu oficialmente.
Quem inventou a Internet das Coisas?
Em 1999, Kevin Ashton, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, propôs que fosse usado o termo Internet of Things para descrever a ideia de conectar objetos à internet.
Para o especialista, a internet das coisas seria capaz de reduzir, otimizar e economizar recursos energéticos e naturais, já que o volume de dados coletados pela tecnologia poderia antecipar movimentos e comportamentos, ajustando suas funções para um melhor desempenho.
Internet das Coisas no Brasil
No Brasil, 70% da população já está conectada e estima-se que existirão mais de 724 milhões de dispositivos conectados até 2022.
Com isso, o Governo Federal já está atento ao potencial da IoT no desenvolvimento e crescimento econômico do País. O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) trabalhou na elaboração de um Plano Nacional para IoT.
Como resultado, temos o Decreto nº 9.894, de 25 de junho de 2019, que:
Institui o Plano Nacional de Internet das Coisas e dispõe sobre a Câmara de Gestão e Acompanhamento do Desenvolvimento de Sistemas de Comunicação Máquina a Máquina e Internet das Coisas.
A estimativa é que a internet das coisas possibilite um crescimento da produtividade, acrescentando ao PIB nacional o valor de R$ 122 bilhões até 2025, além de gerar de 1,9 a 2,6 milhões de novos postos de trabalho.
Por isso, é importante que a população esteja atenta ao andamento deste projeto, incentivando o desenvolvimento e buscando, dentro das suas empresas e da sua comunidade, abrir as fronteiras para inovações.
Qual o objetivo da Internet das Coisas (IoT)?
A internet das coisas tem como objetivo transformar a vida das pessoas, tornando suas rotinas mais simples e mais eficazes.
Com a comunicação entre os equipamentos e objetos, será possível antecipar situações ou necessidades. Por exemplo, através do volume de dados capturados, profissionais poderão encontrar soluções para reverter problemas ambientais, cura para doenças graves e muito mais.
Outro resultado importante é um pouco contraditório: com os objetos ao nosso redor fazendo parte da nossa vida, facilitando o dia a dia, as pessoas poderão se concentrar mais em conexões reais, aproveitando mais seu tempo e conquistando melhor qualidade de vida.
Portanto, não pense que a IoT, a inteligência artificial ou outros conceitos da nova era vão acabar com o contato humano entre as pessoas. Pelo contrário: a tendência é que quanto mais a tecnologia fizer parte da nossa vida, mais iremos resgatar nossos antigos valores.
Como funciona a IoT?
Agora que sabemos que a internet das coisas é a conexão entre objetos e a internet, vamos entender melhor como funciona esse processo.
Em resumo, existem três fatores indispensáveis que possibilitam o funcionamento dessa tecnologia. São eles:
- rede: é o meio de comunicação, como redes Wi-Fi, 4G, 5G, bluetooth, entre outras;
- dispositivo: são os objetos ou wearables que serão conectados. É preciso que eles estejam equipados com itens que possibilitem a conexão com a rede, como chips, antenas ou sensores;
- sistema de controle: usado para captura e tratamento de todos os dados, sendo também o responsável por novas conexões, a partir destes dados.
Internet das Coisas no dia a dia
Já imaginou uma geladeira que avisa quando um determinado alimento está terminando, e já oferece uma lista de locais e preços desse item? Imagine, também, que você possa fazer sua lista de compras e enviar para o supermercado, tudo através deste mesmo equipamento.
Seria incrível, não é mesmo?
Agora, imagine que seu despertador toca e, a partir do som do alarme, suas cortinas abram automaticamente, sua cafeteira comece a trabalhar e seu armário de roupas sugira o look do dia, de acordo com a previsão do tempo para as próximas horas.
Parece história de ficção científica, mas já existem inúmeros objetos que já facilitam seu dia a dia e muito mais ainda está por vir. As chamadas “casas inteligentes” já estão sendo construídas e seu conceito está sendo aplicado de forma mais ampla.
A ideia é que nos próximos anos, as cidades inteligentes passem a utilizar a IoT para controlar a mobilidade, a segurança e até o transporte público.
Internet das Coisas e sua aplicação na educação
A internet das coisas tem um importante papel na educação. Isso acontece pois as novas gerações, nascidas na era digital, já não se adaptam a modelos de ensino antiquados e ultrapassados.
Além de ser utilizada para a segurança dos alunos (com dispositivos que informem os pais sobre a entrada e saída, por exemplo), a IoT pode auxiliar os professores na criação de planos de aula mais inteligentes, com base em dados sobre pesquisas e conteúdos consumidos pelos alunos.
Com objetos e tecnologias presentes na rotina escolar, os estudantes poderão ter mais interesse e voltar sua atenção aos assuntos trabalhados. Sem falar que outras tecnologias, como a realidade aumentada, levarão os estudos a um novo patamar, possibilitando um aproveitamento ainda melhor.
Exemplos de Internet das Coisas
Se ainda não está claro o que é a internet das coisas ou quais são os objetos envolvidos, listamos abaixo alguns exemplos que já são realidade na rotina de diversas pessoas e empresas:
- Hospitais podem ter dispositivos conectados aos pacientes, enviando em tempo real dados como batimentos cardíacos, pressão arterial e oxigenação.
- A agropecuária pode utilizar sensores para medir a temperatura e umidade da terra ou informar sobre probabilidade de chuvas, auxiliando os produtores no controle das safras.
- Fábricas podem utilizar a IoT para medir a produtividade dos equipamentos, avisar os gestores sobre a necessidade de manutenções ou compra de suprimentos e ampliação da planta fabril.
- Lojas e supermercados podem contar com prateleiras inteligentes, que informam quando o estoque mínimo de um determinado produto está sendo atingido, além de avisar sobre produtos com menos saída ou próximos ao vencimento, auxiliando na tomada de ações como reposicionamento, promoções e outros.
- Prédios inteligentes e design de interiores podem usar a IoT para levar a automação para as casas, com sensores de reconhecimento facial para abertura de portões ou cortinas, iluminação e eletrodomésticos ativados por controle de voz ou smartphones.
- Veículos autônomos já estão sendo testados e utilizados em algumas partes do mundo, usando inteligência artificial e dispositivos conectados para garantir a mobilidade, segurança e conforto aos passageiros.
Como se preparar para a transformação digital
A transformação digital está acontecendo ao nosso redor. E se as empresas desejam se manter no mercado, precisam estar preparadas e dispostas a acompanhar essa evoluçao.
Com a nova era digital, os consumidores estão mais exigentes, o volume de informações disponíveis é muito grande e a principal concorrente de uma empresa pode estar do outro lado do mundo. Sair à frente, com inovações e novas tecnologias embarcadas em produtos e serviços, já é um diferencial competitivo importante.
Para ajudar nesse processo de transformação, trazemos abaixo 5 dicas que podem ser implementadas em sua empresa. Confira:
1. Automatize processos
Não podemos falar em adotar a transformação digital em nossas empresas, sem fazer ao menos o básico, certo? Procure automatizar os processos da sua empresa e tire da rotina qualquer tarefa repetitiva e operacional.
Com isso, os profissionais terão mais tempo para se dedicar à s atividades estratégicas e criativas. Esse espaço de criação é fundamental para o surgimento de inovações.
2. Realize a análise de sua presença digital
Como sua empresa está se posicionando na internet? Você já utiliza a tecnologia como ferramenta de trabalho?
Se você acredita que ter um website e uma página em alguma rede social é o suficiente, você está errado e bastante atrasado!
Existem diversos sistemas que apoiam, de forma bastante significativa, operações de atendimento, vendas, suporte e muito mais. Inteligência artificial e realidade aumentada já são alguns dos principais conceitos em muitas empresas, de diversos setores.
Portanto, avalie sua presença digital e busque tirar o maior proveito possível desse ambiente rico e intenso que é a internet!
3. Desenvolva uma cultura de inovação
Para acompanhar as mudanças constantes, graças à rápida evolução da tecnologia, a empresa precisa de uma cultura de inovação. O que isso significa?
Sua empresa deve abrir espaço para novas ideias, provocando discussões e incentivando a criatividade de todos os seus funcionários.
Uma cultura de inovação envolve estar aberto a mudanças, participar de eventos, fomentar a troca de conhecimento e experiências, além de se aproximar de empresas e pessoas que compartilham desse mesmo pensamento, como universidades, startups e incubadoras.
4. Planeje, teste, evolua
Um dos aprendizados para quem implementa uma cultura de inovação é entender que o timing para novas mudanças na empresa está cada vez menor.
Porém, isso não significa que você deve produzir novos produtos ou investindo em equipamentos sem planejamento; mas significa que os modelos de planejamento estratégico de antigamente, já não se aplicam mais.
O conceito de MVP (produto mínimo viável) e outros, como design thinking e lean design, são fundamentais para essa nova era. O planejamento deve ser feito de forma simplificada, utilizando frameworks, e o novo produto ou serviço deve ser prototipado, para que testes sejam realizados o mais rapidamente possível.
Com os testes, a empresa pode validar a viabilidade do desenvolvimento, evoluir o modelo e colocar no mercado.
5. Utilize os dados
Da mesma forma, para acompanhar as evoluções tecnológicas, o uso de dados é fundamental. Com a internet, temos um volume enorme de dados gerados diariamente, que podem apoiar decisões estratégicas.
Até 2016, 90% dos dados gerados pela internet das coisas não eram analisados pelas empresas e, acredite se quiser, essa realidade mudou muito pouco até agora.
Conceitos como big data estão sendo cada vez mais observados. Assim, as oportunidades para profissionais de estatística (ou mesmo de TI) são imensas!
Portanto, cabe à s empresas saber aproveitar esse oceano de informações disponíveis, utilizando-as na criação de diferenciais competitivos, para manterem-se sempre à frente.
Conclusão
A internet das coisas é um conceito cada vez mais presente na rotina das pessoas. Com uma rápida evolução, é quase impossível prever até onde ele pode chegar.
Portanto, as empresas precisam estar antenadas e abertas para novas oportunidades e inovações, buscando na criatividade de seus funcionários e nos eventos sobre tecnologia, as respostas para a continuidade de seus negócios.
É certo que empreendimentos parados no tempo já não irão apresentar muitos anos de vida no futuro. Então, se você ainda não adotou uma cultura de inovação ou aplicou a transformação digital em sua empresa, é hora de começar.
Para isso, não é necessário grandes descobertas ou invenções. Comece olhando para o seu departamento de TI, ele tem grande responsabilidade nesse processo, mas também um grande potencial. Escute o que seus profissionais têm a dizer.
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